Enquanto Irmã Dulce percorria as ruas e estabelecimentos comerciais de Salvador em busca de doações para manter suas obras de caridade, ela se aproximou de um homem para pedir ajuda. Em vez de oferecer uma contribuição, o homem, com desprezo, cuspiu na mão estendida da religiosa.
A reação de Irmã Dulce diante dessa humilhação é o ponto central e inspirador da história. Sem se abalar ou demonstrar raiva, ela teria limpado a mão e, com serenidade, estendido a outra mão ao mesmo homem, dizendo algo como:
"Essa foi para mim. Agora, o senhor poderia dar alguma coisa para os meus pobres?"
Essa resposta demonstra a profunda humildade de Irmã Dulce, que separava a ofensa pessoal de sua missão de ajudar os necessitados. Ela não permitiu que a atitude grosseira do homem a desviasse de seu propósito maior. Sua fé e seu amor pelos pobres eram tão fortes que ela conseguiu transformar um ato de desprezo em uma oportunidade para persistir em sua obra. Irmã Dulce devolveu o ódio com amor, vivendo o ensinamento de Jesus que diz:
"Ouvistes que foi dito:
Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus" (Mateus 5:43,44).
Essa história se tornou um símbolo da dedicação de Irmã Dulce e de sua capacidade de superar obstáculos com paciência e amor, reforçando ainda mais sua imagem como o "Anjo Bom da Bahia".
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