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26 de abr. de 2025

Oração pela Alma do Papa Francisco

 


Oração pelo descanso eterno da alma do Papa Francisco, falecido neste dia 21 de Abril de 2025 as 2h35 (horário de Brasília), oremos juntos:

Senhor Deus, rico em misericórdia e fonte de toda consolação, acolhei na Vossa presença o Vosso servo, o Papa Francisco, que serviu à Vossa Igreja com zelo, humildade e amor, guiando o rebanho de Cristo como verdadeiro Pastor.
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Por todos os seus ensinamentos, pelo seu testemunho de fé, por sua vida entregue ao Evangelho e aos pobres, nós Vos damos graças.

Concedei-lhe o descanso eterno na luz da Vossa face, onde os justos repousam em paz.
Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja, o acolha em seus braços, e que São Pedro o conduza à glória do Reino que ele anunciou com fidelidade.

Dai-nos, Senhor, a graça de perseverar na fé, seguindo o exemplo de esperança e caridade que ele nos deixou.

Pai Nosso que estai nos céus… Ave Maria, cheia de graça… Glória ao Pai, ao Filho..

Dai-lhe, Senhor, o descanso eterno, e brilhe para ele a vossa luz perpétua. Que a alma do Papa Francisco descanse em paz. 

Amém.


31 de mar. de 2024

Carta do Papa aos cristãos da Terra Santa.

Francisco, enviou uma carta aos católicos de toda a Terra Santa em vista da Páscoa, expressando sua proximidade aos fiéis e o seu “afeto como um pai”, especialmente àqueles que “estão sofrendo mais dolorosamente o drama absurdo da guerra”:

“Tenho pensado em vocês há algum tempo e rezo por vocês todos os dias. Mas agora, às vésperas desta Páscoa, que para vocês representa tanto a Paixão e ainda mais a Ressurreição, sinto a necessidade de escrever-lhes para dizer que os trago em meu coração.”
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O Santo Padre recorda que a Páscoa é ainda mais significativa para os fiéis que a celebram nos lugares onde o Senhor viveu, morreu e ressuscitou:
“Obrigado pelo vosso testemunho de fé, obrigado pela caridade entre vocês, obrigado por saberem esperar contra toda esperança.”
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Em sua mensagem, Francisco afirma que a Terra Santa não é apenas “guardiã dos Lugares de Salvação”, mas uma testemunha constante, “através de seus próprios sofrimentos” da Paixão do Senhor e, ao mesmo tempo, “com sua capacidade de se levantar e seguir em frente, anunciou e continua a anunciar que o Crucificado ressuscitou”. 
O Pontífice enfatiza:
“Nestes tempos sombrios, quando a escuridão da Sexta-feira Santa parece cobrir vossa terra e muitas partes do mundo desfiguradas pela loucura fútil da guerra, que é sempre e para todos uma derrota sangrenta, vocês são tochas acesas na noite; vocês são sementes do bem em uma terra dilacerada pelo conflito.”
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O Papa renova sua oração dirigindo-se diretamente ao Senhor, e com uma súplica intercede pelos povos da Terra Santa:
✝“Senhor, Vós que sois a nossa paz, livrai o coração humano do ódio, da violência e da vingança. Nós olhamos para Ti e Te seguimos, porque perdoas, porque és manso e humilde de coração. Fazei com que ninguém roube de nossos corações a esperança de nos levantarmos e ressuscitarmos convosco, fazei com que não nos cansemos de afirmar a dignidade de todo homem, sem distinção de religião, etnia ou nacionalidade, começando pelos mais frágeis: mulheres, idosos, crianças e pobres”.

Por fim, o Papa invoca sobre os fiéis “a proteção da Santíssima Virgem Maria, filha dessa terra”.


25 de nov. de 2022

Audácia!


Para o Papa Francisco, este é o belo da consolação.

O exemplo utilizado pelo Pontífice foi a de Santa Teresa do Menino Jesus.
Ao visitar aos 14 anos a basílica de Santa Cruz de Jerusalém, em Roma, procurou tocar o prego com o qual Jesus foi crucificado. Teresa sente esta sua ousadia como um transporte de amor e de confidência.
E em seguida escreve: "Fui verdadeiramente demasiado audaz. Mas o Senhor vê o fundo do coração, sabe que a minha intenção era pura [...]. Agi com Ele como uma criança, que acredita que tudo lhe é permitido, e considera os tesouros do Pai como seus" (Manuscrito autobiográfico, 183).
"Uma jovem de 14 anos oferece-nos uma maravilhosa descrição da consolação espiritual: temos uma sensação de ternura em relação a Deus, que nos torna audazes no desejo de participar na sua própria vida, de fazer o que lhe agrada, porque nos sentimos familiarizados com Ele, sentimos que a sua casa é a nossa, sentimo-nos acolhidos, amados, restabelecidos. Com esta consolação, não nos rendemos diante das dificuldades: com efeito, com a mesma audácia, Teresa pedirá ao Papa a autorização para entrar no Carmelo, não obstante fosse demasiado jovem, e será atendida", explicou Francisco.
"Que significa isto? Quer dizer que a consolação nos faz audazes: quando nós estamos em tempo de escuridão, de desolação e pensamos: 'Isto não sou capaz de fazer'.
A desolação entristece, faz ver tudo escuro: 'Não, eu não posso fazer, não o farei'.
Ao invés, em tempo de consolação, vê as mesmas coisas de maneira diferente e diz: 'Não. Eu vou avante, vou fazer'. 'Mas tem certeza?' 'Sinto a força de Deus e vou avante.'
E assim a consolação o leva a ir para frente e a fazer coisas que, no tempo de desolação, você não seria capaz, o leva a fazer o primeiro passo. Este é o belo da consolação."

23 de mar. de 2020

Papa deixa o Vaticano para rezar diante do Crucifixo milagroso que salvou Roma da peste

Cliquem nas fotos para ampliar:




Vaticano, 15 Mar. 20 / 06:05 pm (ACI).- 
Este domingo pela tarde o Papa Francisco saiu do Vaticano para rezar pelo fim da epidemia de coronavírus na Itália e em todo o mundo, primeiro na Basílica da Santa Maria Maior e depois na igreja de São Marcelo, diante da famosa imagem do Cristo milagroso que salvou a Roma da peste.

“Esta tarde, pouco depois das 16 horas, o Papa Francisco saiu que Vaticano de forma privada e visitou a Basílica de Santa Maria Maior, para rezar à Virgem Salus Populi Romani, cujo ícone é custodiado e venerado ali”, indicou o diretor do Escritório de Imprensa do Vaticano em uma declaração este domingo 15 de março.

“Sucessivamente, fazendo um trajeto na Via do Corso a pé, como uma espécie de peregrinação, o Santo Padre chegou à Igreja de São Marcello al Corso, onde se encontra o Crucifixo milagroso que em 1522 foi levado em procissão pelos bairros da cidade onde as pessoas rezavam pelo fim da ‘grande peste’ em Roma”, indicou Bruni.

“Com sua oração, o Santo Padre invocou o fim da pandemia que assola a Itália e o mundo, implorando a cura para os muitos doentes, recordou às muitas vítimas destes dias, e pediu que seus familiares e amigos encontrem consolo”, prossegue a declaração.

A oração do Papa, conclui Bruni, “também se dirige aos agentes de saúde, médicos, enfermeiros e a quantos nestes dias com seu trabalho garantem o funcionamento da sociedade. 
Por volta das 17:30h, o Santo Padre voltou ao Vaticano”.

O jornal Il Messaggero recorda que no século XVI houve uma grave epidemia em Roma e o Cardeal Raimondo Vich promoveu uma solene procissão penitencial para implorar a clemência divina.

A procissão durou 16 dias e os cronistas da época assinalam que, ali onde passava o Cristo, a peste se detinha.

Ante a atual emergência do coronavirus na Itália, muitos nas redes sociais recordaram o fato e sugeriram que novamente se faça a procissão, embora isto contrarie as normas dadas pelas autoridades civis italianas.

A Diocese de Roma decidiu no dia 9 de março o cancelamento de todas as missas públicas. Desse modo as igrejas paroquiais permanecem abertas apenas para a oração pessoal e, em casos concretos, a adoração eucarística e a administração do sacramento da Confissão.

Em 12 de março, a diocese aprovou uma nova disposição fechando as paróquias e igrejas de Roma, mas no dia seguinte, voltou atrás e manteve os templos abertos para a oração perante o tabernáculo.

https://www.acidigital.com


5 de dez. de 2018

Pedir a Jesus: “Senhor, ensina-me a rezar”; indica Papa

"Eis o ponto essencial: Jesus rezava. Jesus rezava com intensidade, afirma o Papa Francisco

“Senhor, ensina-nos a rezar”: na Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco iniciou um novo ciclo de catequeses dedicado ao “Pai-Nosso”.
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Concluída a série sobre os Dez Mandamentos, o Papa se concentra agora na figura de Jesus como homem de oração.
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Diante de milhares de fiéis na Sala Paulo VI, Francisco partiu sua explicação do Evangelho de Marcos.
Desde a primeira noite de Cafarnaum, Jesus demonstra ser um Messias original. Na última parte da noite, quando o alvorecer se anuncia, os discípulos ainda o buscam, mas não conseguem encontrá-lo. Até que Pedro finalmente o encontra num lugar isolado, completamente absorto em oração. E lhe diz: “Todos te buscam!” (Mc 1,37).
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Mas Jesus diz aos seus que deve ir além; que não são as pessoas a buscá-Lo, mas é antes de tudo Ele a buscar os outros. Por isso, não deve fincar raízes, mas permanecer continuamente peregrino pelas estradas da Galileia. “E também peregrino em relação ao Pai, isto é, rezando. Em caminho de oração.”
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“Tudo acontece numa noite de oração”, notou o Papa. “Em alguma página das Escrituras, parece ser a oração de Jesus, a sua intimidade com o Pai, a governar tudo”, explicou.
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“Eis o ponto essencial: Jesus rezava.” Jesus rezava com intensidade nos momentos públicos, mas buscava também locais apartados que lhe permitissem entrar no segredo de sua alma. Rezava com as orações que a mãe lhe havia ensinado.
Jesus rezava como reza qualquer homem do mundo. E mesmo assim, no seu modo de rezar, estava contido um mistério, algo que certamente não passou desapercebido aos olhos dos seus discípulos, a ponto de dizerem: “Senhor, ensina-nos a rezar”. Eles viam Jesus rezar e tinham vontade de aprender.
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“E Jesus não recusa, não tem ciúme da sua intimidade com o Pai, mas veio justamente para nos introduzir nesta relação. E assim se torna mestre de oração dos seus discípulos, como certamente quer ser para todos nós.”
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Mesmo rezando há muitos anos, devemos sempre aprender!, exclamou o Papa. A oração do homem, este anseio que nasce de modo assim tão natural da sua alma, é talvez um dos mistérios mais intensos do universo. E não sabemos nem mesmo se as orações que endereçamos a Deus são realmente as que Ele quer ouvir de nós.
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Há orações inoportunas, afirmou Francisco, citando aquela narrada na parábola do fariseu e do publicano. O fariseu era orgulhoso, fazia de conta que rezava, mas seu coração era frio.
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“O primeiro passo para rezar é ser humilde. Ir ao Pai, a Nossa Senhora: ‘Olhe, sou pecador, fraco, malvado’, cada um sabe o que dizer. Mas sempre se começa com a humildade. O Senhor escuta, a oração humilde é ouvida pelo Senhor.”
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Por isso, iniciando este ciclo de catequeses sobre a oração de Jesus, a coisa mais bela e mais justa que todos devemos fazer é repetir a invocação dos discípulos:
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“Será belo no tempo de Advento repetir: Senhor, ensina-nos a rezar. Todos podemos ir além e rezar melhor e pedir ao Senhor, ‘ensina-nos a rezar’. Façamos isso neste tempo de Advento. Ele certamente não deixará cair no vazio a nossa invocação.”
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Ao final da catequese, ao saudar os peregrinos, o Papa lembrou a celebração no próximo sábado, 8 de dezembro, da solenidade da Imaculada Conceição.
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“Entreguemos-nos a Nossa Senhora! Ela, como modelo de fé e de obediência ao Senhor, nos ajude a preparar os nossos corações a acolher o Menino Jesus no seu Natal”, disse Francisco.
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Como é tradição, no dia 8 o Papa vai até a Praça de Espanha para uma homenagem com flores a Nossa Senhora. A Rádio Vaticano/Vatican News transmitirá o evento ao vivo, com comentários em português, a partir das 16h locais (13h no horário de Brasília).

(Vatican News)

https://pt.aleteia.org


17 de jun. de 2015

O papa volta a deixar bem claro: “A Igreja não tem ligação com nenhum sistema político”


Francisco pede que os bispos “não desperdicem energia em divisões” e sim protejam “a transcendência humana”
“Não desperdicem energia em divisões e confrontos. Optem por construir e trabalhar juntos", pediu o papa Francisco aos bispos da ilha de Porto Rico, que viajaram ao Vaticano para realizar a sua “visita ad limina apostolorum”, ou seja, o seu encontro com o pontífice “junto aos túmulos dos apóstolos”.

O papa recomendou que os bispos “se distanciem de todas as ideologias ou tendências políticas que levam a perder tempo e a desperdiçar o zelo genuíno pelo Reino de Deus. A Igreja não tem ligação com nenhum sistema político. Ela deve ser sempre um sinal e uma proteção da transcendência da pessoa humana”.

Francisco afirmou também que o anúncio do Evangelho deve ser feito “em todos os ambientes, inclusive nos mais hostis e afastados da Igreja”. O cristianismo, afinal, é o anúncio e o encontro com uma Pessoa, não a defesa e a implantação de uma ideologia: “Nós anunciamos Cristo; e Cristo crucificado”. Não se trata de ser alheios ou alienados em relação às situações do mundo: muito pelo contrário, trata-se precisamente de pôr em prática uma nova vida em Cristo, realizando e testemunhando o Evangelho do amor e da paz no dia-a-dia, na vida real, com mais atos e menos conversa fiada, com mais testemunho e menos discussões estéreis, dentro de casa, na convivência carinhosa e generosa com os pais, cônjuge e filhos, com todos os membros da família, elevando o nível de alegria, esperança e colaboração junto aos amigos, vizinhos, companheiros de trabalho, envolvendo-se na ação social efetiva que ajuda os mais pobres, os mendigos, os sem-teto, as crianças e idosos negligenciados, as pessoas sem esperança, as “periferias existenciais”. É importante falar, mas é preciso ser.

Nessa perspectiva do amor mais concreto e menos teórico ou ideológico, o papa voltou a enfatizar a fundamental importância de se destacar “a beleza do matrimônio”, caracterizado pela “complementaridade entre homem e mulher, que é a coroação da criação de Deus e que sofre hoje o desafio da ideologia de gênero”.

“As diferenças entre os homens e as mulheres não são para contrapor ou subordinar, e sim para permitir a comunhão e a geração, à imagem e semelhança de Deus. Sem a entrega recíproca, nenhum dos dois pode compreender-se com profundidade”, arrematou o papa, diante das crescentes e intolerantes tentativas laicistas de considerar quaisquer formas de união romântica ou sexual entre pessoas como equivalentes ao compromisso perpétuo e amoroso do matrimônio natural, que é aberto naturalmente à vida e à criação conjunta e harmônica dos filhos dentro das referências naturais ao masculino e ao feminino. Respeitando-se o livre arbítrio e as escolhas pessoais de cada um, é preciso deixar claro que a família natural é um fato único e específico, um tesouro a ser protegido.

sources: ALETEIA


5 de abr. de 2015

GOSTARIA AGORA DE PARTILHAR CONVOSCO ALGUNS CANSAÇOS, EM QUE MEDITEI- (Papa Francisco Homilia Santa Missa do Crisma Basílica Vaticana Quinta-Feira, 2 de abril de 2015. "Destacamos onde o Papa fala sobre o cansaço dos Sacerdotes")



Temos aquele que podemos chamar «o cansaço do povo, o cansaço das multidões»: para o Senhor, como o é para nós, era desgastante – di-lo o Evangelho – mas é um cansaço bom, um cansaço cheio de frutos e de alegria.

O povo que O seguia, as famílias que Lhe traziam os seus filhos para que os abençoasse, aqueles que foram curados e voltavam com os seus amigos, os jovens que se entusiasmavam com o Mestre… Não Lhe deixavam sequer tempo para comer. Mas o Senhor não Se aborrecia de estar com a gente. 

Antes pelo contrário, parecia que ganhava nova energia (cf. Evangelii gaudium, 11). Este cansaço habitual no meio da nossa atividade é uma graça que está ao alcance de todos nós, sacerdotes (cf. ibid., 279). 

Como é belo tudo isto: o povo amar, desejar e precisar dos seus pastores! 

O povo fiel não nos deixa sem atividade direta, a não ser que alguém se esconda num escritório ou passe pela cidade com vidros escuros. 

E este cansaço é bom, é um cansaço saudável. É o cansaço do sacerdote com o cheiro das ovelhas, mas com o sorriso de um pai que contempla os seus filhos ou os seus netinhos. 

Isto não tem nada a ver com aqueles que conhecem perfumes caros e te olham de cima e de longe (cf. ibid., 97). Somos os amigos do noivo: esta é a nossa alegria. 

Se Jesus está apascentando o rebanho no meio de nós, não podemos ser pastores com a cara azeda ou melancólica, nem – o que é pior – pastores enjoados. Cheiro de ovelhas e sorriso de pais… Muito cansados, sim; mas com a alegria de quem ouve o seu Senhor que diz: «Vinde, benditos de meu Pai!» (Mt 25, 34).


16 de fev. de 2015

PAPA: “PAIS AUSENTES DEIXAM GRAVES LACUNAS NOS FILHOS”


O Papa Francisco encontrou-se com os fiéis na Sala Paulo VI na audiência geral que concede semanalmente. Retomando o caminho da catequese sobre a família, o tema abordado nesta ocasião foi o ‘o pai’.
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A passagem bíblica lida – em várias línguas – no início do encontro, do Evangelho de João, 14,18 (Não vos deixarei órfãos), foi a base da reflexão de Francisco.
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Pai, ontem e hoje
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O Pontífice começou analisando que “esta palavra – pai – possui um sentido universal e é muito cara aos cristãos, pois Jesus nos ensinou a chamar assim a Deus e a usava para manifestar a sua relação especial com Ele”.
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Hoje, porém, sobretudo na cultura ocidental, o conceito de pai parece estar em crise; a figura do pai está simbolicamente ausente. No início, isso foi visto como uma libertação do ‘pai-patrão’, autoritário e censor da felicidade dos filhos. Antigamente, lembrou o Papa, era comum um certo autoritarismo; muitos pais tratavam seus filhos como escravos e não respeitavam sua autonomia, exigências pessoais; não os ajudavam a crescer em liberdade.
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“Com o tempo, isso foi mudando de um extremo para o outro”, prosseguiu Francisco. O problema hoje não é mais a presença invasiva dos pais, mas a sua ausência: estão ‘foragidos’, concentrados em si mesmos. Deixam sós os filhos pequenos, na sensação de orfandade. O Papa revelou que “quando era Arcebispo de Buenos Aires sentia isso nas crianças e jovens e perguntava a seus pais se tinham tempo para os filhos, se tinham coragem e amor suficientes para brincar ou conversar com eles”.
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As consequências
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“A ausência do pai é muito nociva às crianças e aos jovens, produz lacunas e feridas que podem ser muito graves; e sem perspectivas e valores, eles ficam vazios e propensos a buscarem ídolos que preencham os seus corações”.
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“Mas também quando estão em casa, muitas vezes não se comportam como pais, não cumprem o seu papel educativo, não dão a seus filhos, com seu exemplo, os princípios, valores e regras de vida de que precisam”.
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Pais ‘deslocados’
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Em certos casos – disse ainda – os pais não sabem bem que lugar ocupam na família e, na dúvida, se abstêm ou optam por uma relação ‘de igual para igual’ com os filhos. “É verdade que se deve ser companheiros dos filhos, mas sem se esquecer que se é pai, né?”.
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“Sua ausência deixa os jovens sem estradas seguras, sem mestres nos quais confiar. Ficam órfãos de ideais que lhes aqueçam os corações, órfãos de valores e de esperanças que os amparem no dia a dia. São preenchidos de ídolos, mas lhes é roubado o coração, são levados a sonhar divertimentos e prazeres, mas não lhes dá a chance de trabalhar, são iludidos com o deus-dinheiro e privados das verdadeiras riquezas”.
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Por isso, mais do que nunca, Francisco lembrou a promessa de Jesus: «Não vos deixarei órfãos». Somente através de Cristo a paternidade pode realizar todas as suas potencialidades segundo o plano de Deus, nosso Pai.
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E terminando, esclareceu que desta vez, abordou exclusivamente as problemáticas derivadas da ausência da figura paterna; sendo um pouco ‘negativo’. Mas prometeu que na próxima quarta-feira, será analisada a beleza de ser pai e da luminosidade desta condição. “Da escuridão de hoje, passarei à luz”
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No final do encontro, Francisco saudou os grupos presentes, inclusive os fiéis e pastores de Brasília, e concedeu a todos a sua bênção apostólica.
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(from Vatican Radio)

Fonte: http://apologeticadafecatolica.blogspot.com.br


11 de fev. de 2015

Papa no Angelus: "Enfermos, uma via privilegiada para encontrar Cristo"




No Angelus deste domingo, 8 de fevereiro, o Papa Francisco comentou o Evangelho do dia. Apresentamos o texto na íntegra:

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

O Evangelho de hoje (Mc 1,29-39) apresenta Jesus que, depois de pregar no sábado, na sinagoga, cura muitos enfermos. Pregar e curar: esta é a principal atividade de Jesus na sua vida pública. Com a pregação, Ele anuncia o Reino de Deus e com a cura demonstra que este está próximo, que o Reino de Deus está entre nós.

Ao entrar na casa de Simão Pedro, Jesus vê que a sua sogra está na cama com uma febre; imediatamente a toma pela mão, a cura e a faz levantar-se. Depois do pôr do sol, quando terminado o sábado as pessoas podem sair e levar-lhes os doentes, reúne-se uma multidão de pessoas com todos os tipos de doença: físicas, psíquicas e espirituais. Vindo sobre a terra para anunciar e realizar a salvação de todo o homem e de todos os homens, Jesus mostra uma especial predileção por aqueles que estão feridos no corpo e no espírito: os pobres, os pecadores, os endemoninhados, os doentes e os marginalizados. Ele assim se revela médico seja das almas, seja dos corpos, bom Samaritano do homem. É o verdadeiro Salvador: Jesus salva, Jesus cuida, Jesus cura.

Esta realidade da cura dos enfermos por parte de Cristo, nos convida a refletir sobre o sentido e o valor de doença. E nos recorda o Dia Mundial do Enfermo, que celebraremos na próxima quarta-feira, 11 de fevereiro, memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem Maria de Lourdes. Abençoo as iniciativas preparadas para este dia, especialmente a Vigília que será realizada em Roma, na noite de 10 de Fevereiro. Lembremo-nos também do presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, Dom Zygmunt Zimowski, que está muito doente, na Polônia. Uma oração por ele, pela sua saúde, ele é o idealizador desta jornada e ele nos acompanha com o seu sofrimento neste dia. Uma oração para Dom Zimowski.

A obra salvífica de Cristo não termina com a sua pessoa e no arco de sua vida terrena; continua mediante a Igreja, sacramento do amor e da ternura de Deus para com os homens. Enviando em missão seus discípulos, Jesus confere a eles um duplo mandato: anunciar o Evangelho da salvação e curar os enfermos (cf. Mt 10,7-8). Fiel a este ensino, a Igreja sempre considerou a assistência aos doentes parte integrante da sua missão.

“Pobres vós tereis sempre convosco”, adverte Jesus (cf. Mt 26,11), e a Igreja continuamente os encontra pelo caminho, considerando os enfermos uma via privilegiada para encontrar Cristo, para acolhê-lo e servi-lo. Curar um doente, acolhê-lo, servi-lo, é servir Cristo: o doente é a carne de Cristo.

Isso também acontece no nosso tempo, apesar dos avanços da ciência, o sofrimento interior e físico das pessoas suscita fortes interrogações sobre o sentido da doença e da dor e do porquê da morte. Trata-se de perguntas existenciais, às quais a ação pastoral da Igreja deve responder à luz da fé, tendo diante dos olhos o Crucifixo, o qual revela todo o mistério salvífico de Deus Pai, que por amor aos homens não poupou o seu próprio Filho (Rm 8,32). Portanto, cada um de nós é chamado a levar a luz do Evangelho aos que sofrem e aos os assistem, parentes, médicos e enfermeiros, para que o serviço ao doente seja realizado sempre mais com humanidade, com dedicação generosa, com amor evangélico, com ternura. A Igreja, através de nossas mãos, acaricia os nossos sofrimentos e cura as nossas feridas, e o faz com a ternura de uma mãe.

Rezemos a Maria, Saúde dos enfermos, para que cada pessoa na doença possa experimentar, graças à solicitude de quem lhe está próximo, a potência do amor de Deus e o conforto de sua ternura maternal.

http://www.zenit.org/pt/

9 de fev. de 2015

Servir e curar um doente é servir Cristo, diz o Papa Francisco Por Alvaro de Juana

Vaticano, 08 Fev. 15 / 10:49 pm 

Antes da oração do Ângelus deste domingo na Praça de São Pedro, o Papa Francisco destacou que o serviço prestado aos doentes é um “caminho privilegiado” para encontrar o Senhor, pois quem serve e cura um doente, serve o próprio Cristo.

O Santo Padre assegurou que “a Igreja continuamente os encontra pelo caminho, considerando os doentes um caminho privilegiado para encontrar Cristo, para acolhê-lo e servi-lo”.

“Curar um doente, acolhê-lo, servi-lo, é servir Cristo: o doente é a carne de Cristo”, disse.

O Santo Padre recordou que “o Evangelho de hoje apresenta Jesus que, depois de pregar no sábado, na sinagoga, cura muitos enfermos”.

O Pontífice explicou que apesar dos avanços da ciência, “o sofrimento interior e físico das pessoas suscita fortes interrogações sobre o sentido da doença e da dor e do porquê da morte”.

“Trata-se de perguntas existenciais, às quais a ação pastoral da Igreja deve responder à luz da fé, tendo diante dos olhos o Crucifixo, o qual revela todo o mistério salvífico de Deus Pai, que por amor aos homens entregou o seu próprio Filho”.

Francisco indicou que “a obra salvífica de Cristo não se esgota com a sua pessoa e no arco de sua vida terrena; ela continua mediante a Igreja, sacramento do amor e da ternura de Deus pelos homens”.

“Enviando em missão seus discípulos, Jesus confere a eles um duplo mandato: anunciar o Evangelho da salvação e curar os enfermos. Fiel a este ensinamento, a Igreja sempre considerou a assistência aos doentes como parte integrante da sua missão”.

Todo cristão, assegurou, “é chamado a levar a luz do Evangelho aos que sofrem e aos os assistem, parentes, médicos e enfermeiros, para que o serviço ao doente seja realizado sempre mais com humanidade, com dedicação generosa, com amor evangélico, com ternura”.

“A Igreja mãe, através das nossas mãos, acaricia os nossos sofrimentos e cura as nossas feridas, e o faz com a ternura de mãe”.

Para o Pontífice, a atividade principal de Jesus durante a sua vida pública é precisamente a de “pregar e curar”.

“Com a pregação, Ele anuncia o Reino de Deus e com a cura demonstra que este está próximo, que o Reino de Deus está entre nós”.

O Papa explicou aos milhares de fiéis que se reuniram na Praça São Pedro, que “Vindo sobre a terra para anunciar e realizar a salvação de todo o homem e de todos os homens, Jesus mostra uma especial predileção por aqueles que estão feridos no corpo e no espírito: os pobres, os pecadores, os endemoninhados, os doentes e os marginalizados”.

Desta maneira, “se revela médico seja das almas, seja dos corpos, bom Samaritano do homem”.

Por isso, indicou, Cristo “é o verdadeiro Salvador: Jesus salva, Jesus cuida, Jesus cura”.

Esta atitude de Cristo para com os doentes “nos convida a refletir sobre o sentido e o valor de doença”, assinalou.

O Papa também recordou que no dia 11 de fevereiro se comemora o Dia Mundial do Enfermo e abençoou as iniciativas que estão sendo preparadas para a ocasião. Entre elas, uma vigília de oração em Roma em 10 de fevereiro.

http://www.acidigital.com




8 de mai. de 2014

Francisco na audiência: Não a todo tipo de drogas! Digam isso aos jovens!


Na catequese desta quarta-feira, o papa fala do dom do conselho, tesouro para toda a comunidade cristã


O Santo Padre passou toda a manhã desta quarta-feira, como já é habitual, rodeado de fiéis e peregrinos vindos de todas as partes do mundo, reunidos numa grande multidão na Praça de São Pedro para a audiência geral.

Enquanto uma banda de música animava a passagem do papamóvel, Francisco percorria os corredores da praça abençoando e saudando as pessoas. Bandeiras, cartazes, balões e faixas coloriam a multidão que demonstrava a emoção de ver o pontífice. Enquanto os mais próximos dos cordões de segurança se espichavam para dar a mão ao papa, as crianças eram levadas até o papamóvel para receber a bênção e o carinho de Francisco. Junto com as crianças, os gendarmes levantaram um senhor idoso, para que o papa pudesse lhe dar um beijo e um abraço. O gesto provocou a emoção e as lágrimas do ancião e do público.

Nas saudações finais aos peregrinos italianos, Francisco se voltou aos familiares dos jovens de San Patrignano, uma comunidade de recuperação de dependentes de drogas, "aos quais me uno em dizer não a qualquer tipo de droga. E é bom dizer isso a todos: simplesmente NÃO a todo e qualquer tipo de droga!". 

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Na catequese desta quarta-feira, o papa retomou os dons do Espírito Santo. Na audiência do dia 9 de abril, ele falou da sabedoria; na quarta-feira passada, dia 30, explicou o dom do entendimento. 
Hoje Francisco expôs o dom do conselho.

No resumo final, o papa disse:

"Hoje consideramos o dom do conselho. Este é o dom com que o Espírito Santo nos ajuda a tomar decisões em nossa vida concreta, seguindo a lógica de Jesus e do seu evangelho. Ele ilumina o nosso coração e nos torna mais sensíveis à voz do Espírito Santo, para que, em nossos pensamentos, sentimentos e intenções, não nos deixemos levar pelo egoísmo ou pelo nosso modo de ver as coisas, mas sim pelo que Deus quer. Ao mesmo tempo, ele nos leva a nos unirmos cada vez mais com Jesus, como o modelo do nosso agir. O que podemos fazer para ser mais dóceis a esse dom do conselho? A condição essencial é a oração. Graças à intimidade com Deus e à escuta da sua Palavra é que vai amadurecendo em nós uma sintonia com nosso Senhor, que nos leva a perguntar constantemente: o que nosso Senhor deseja? Qual é a sua vontade? Por outro lado, o dom do conselho, como os outros dons, também constitui um tesouro para toda a comunidade cristã".

Na sequência, Francisco saudou com afeto "os peregrinos dos países latino-americanos. Que a intercessão da Virgem Maria, neste mês de maio, nos ajude a viver a nossa vida cristã com mais docilidade à voz e ao amor do Espírito Santo. Muito obrigado e que Deus os abençoe".

Ao saudar os peregrinos de língua alemã, o papa dedicou algumas palavras especiais aos familiares e amigos dos novos guardas suíços que fizeram o juramento ontem. "Queridos amigos, o Espírito Santo expulsará qualquer temor. Confiemo-nos a Ele e sigamos com alegria o que Jesus nos diz no Evangelho. Deus abençoe vocês e a sua família".

Depois do resumo e das saudações em diversas línguas, Francisco confiou a Maria, de maneira especial, os "jovens, enfermos e recém-casados que hoje estão aqui presentes" e exortou a todos a "valorizar neste mês de maio a oração do santo rosário".

30 de jan. de 2014

DECLARAÇÃO FALSAS ATRIBUÍDAS AO PAPA FRANCISCO.

Meus queridos irmãos (as) a internet está cheia de falsas informações sobre declarações do PAPA FRANCISCO, isso interessa a quem?
Nós cristão estamos atravessando tempos difíceis, em muitos casos a Fé está estremecida a ponto de acreditar de imediato numa informação mentirosa.
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Quando houver dúvidas sobre alguma publicação vinda do Santo Padre, existem sites oficiais do Vaticano que podem desmentir essas tentativas de denegrir a imagem Santa da Igreja.
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Vejam alguns sites:

  
Que Deus vos abençoe.


PAZ E BEM!


19 de jan. de 2014

Quanto mal fazem à Igreja os padres untuosos! devotos do “deus Narciso”

Fala Francisco
Quanto mal fazem à Igreja os padres untuosos! Aqueles que colocam a sua força nas coisas artificiais, na vaidade.
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Quantas vezes se ouve dizer, com dor: “Este é um padre-borboleta, porque há sempre vaidade nele”.
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Se nos afastamos de Jesus Cristo, devemos compensar isto com outras atitudes… mundanas.
E assim, há todas estas figuras… também o padre de negócios, o padre empreendedor…
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É belo encontrar padres que deram a sua vida como sacerdotes, verdadeiramente, de quem as pessoas dizem: “Sim, tem esta característica, tem aquela… mas é um padre”. E as pessoas têm a intuição.
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Em vez disso, quando as pessoas vêem os padres – para dizer uma palavra – idólatras, que em vez de terem Jesus têm os pequenos ídolos… pequenos… alguns até devotos do “deus Narciso”… Quando as pessoas vêem isto, dizem: “Coitado!”

Papa Francisco
Assista: https://www.youtube.com/watch?v=3QLdVXJkfjE





22 de dez. de 2013

O mistério não procura publicidade

2013-12-20 L’Osservatore Romano
O mistério da relação entre Deus e o homem não procura a publicidade porque não o tornaria verdadeiro. Ao contrário, exige o estilo do silêncio. Depois, depende de cada um de nós descobrir, exactamente no silêncio, as características do mistério de Deus na vida pessoal. Faltando poucos dias para o Natal, o Papa Francisco propôs uma profunda reflexão sobre o valor do silêncio. E exortou a amá-lo e procurá-lo como fez Maria, cujo testemunho evocou na missa celebrada na manhã de sexta-feira, 20 de Dezembro, na capela da Casa Santa Marta.

Uma reflexão fundada no excerto do Evangelho de Lucas proposto pela liturgia hodierna (1, 26-38), iniciando por «aquela frase» que «nos diz muito» dirigida pelo anjo a Nossa Senhora: «A força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. O Espírito Santo virá sobre ti» e que evoca também o trecho do Livro de Isaías (7, 10-14), proclamado como primeira leitura na celebração.
«É a sombra de Deus – explicou o Pontífice – que na história da salvação sempre conserva o mistério». É «a sombra de Deus que acompanhou o povo no deserto». Toda a história da salvação mostra que «o Senhor sempre se ocupou do mistério. E encobriu o mistério. Não fez publicidade do mistério». De facto, «o mistério que faz publicidade de si não é cristão, não é mistério de Deus. É um fingimento de mistério». Precisamente o trecho evangélico hodierno confirma isto, prosseguiu o Papa; com efeito, quando Nossa Senhora recebe do anjo o anúncio do Filho «o mistério da sua maternidade pessoal» permanece escondido.
Esta é uma verdade que diz respeito também a todos nós. «Esta sombra de Deus em nós, na nossa vida» afirmou o Pontífice, ajuda-nos a «descobrir o nosso mistério: o nosso mistério do encontro com o Senhor, o nosso mistério do caminho da vida com o Senhor». De facto, «cada um de nós – explicou o Papa – sabe como o Senhor age misteriosamente no seu coração, na sua alma. E qual é a nuvem, o poder, como é o estilo do Espírito Santo para encobrir o nosso mistério. Esta nuvem em nós, na nossa vida, chama-se silêncio. O silêncio é precisamente a nuvem que encobre o mistério da nossa relação com o Senhor, da nossa santidade e dos nossos pecados».
É um «mistério» que, prosseguiu, «não podemos explicar. Mas quando não há silêncio na nossa vida o mistério perde-se, desaparece». Eis, então, a importância de «conservar o mistério com o silêncio: aquela é a nuvem, o poder de Deus para nós, é a força do Espírito Santo».
Em seguida, o Papa Francisco repropôs o testemunho de Nossa Senhora que viveu até ao fim «este silêncio» durante toda a sua vida. «Penso – disse o Pontífice – em quantas vezes se calou, não disse o que sentia para guardar o mistério da relação com o seu Filho». E recordou que «Paulo VI em 1964 em Nazaré dizia a todos nós que temos necessidade de renovar e reforçar, de robustecer o silêncio» porque «o silêncio conserva o mistério». Depois, o Papa deu voz «ao silêncio de Nossa Senhora aos pés da cruz», ao que tinha na sua mente como – recordou – fez também João Paulo II.
Na realidade, frisou, o Evangelho não contém palavra alguma de Nossa Senhora: Maria «era silenciosa, mas dentro do seu coração quantas coisas dizia ao Senhor» naquele momento crucial da história. Provavelmente Maria reconsiderou as palavras do anjo que «lemos» no Evangelho em relação ao seu Filho: «Naquele dia disseste-me que será grande! Disseste-me que lhe darás o trono de David seu pai e que reinará para sempre! Mas agora vejo-o ali», na cruz. Maria «com o silêncio encobriu o mistério que não entendia. E com o silêncio deixou que o mistério pudesse crescer e florescer» trazendo a todos uma grande «esperança».
«O Espírito Santo descerá sobre ti, o poder do Altíssimo cobrir-te-á com a sua sombra»: as palavras do anjo a Maria, disse o Pontífice, garantem-nos que «o Senhor encobre o seu mistério». Porque «o mistério da nossa relação com Deus, do nosso caminho, da nossa salvação não pode ser exposta nem publicizada. O silêncio conserva-o». O Papa Francisco concluiu a sua homilia com a oração para que «o Senhor nos dê a todos a graça de amar o silêncio, de o procurar e ter um coração guardado pela nuvem do silêncio. E assim o mistério que aumenta em nós dará muitos frutos».

21 de dez. de 2013

Papa Francisco a menina com câncer: “Não desanime!”



"A doença, se a olharmos com espírito de fé, é uma escola. Nela, aprendemos a conhecer profundamente o coração de Deus, que transborda de ternura"

Cristina foi à sua 15ª sessão de quimioterapia na terça-feira passada. Mas desta vez foi diferente, porque ela estava motivada e com forças renovadas, graças à carta que acabou de receber do Papa Francisco.

Ela havia escrito para o Papa algumas semanas antes, contando-lhe sobre sua doença e sobre o sacramento da Confirmação, que receberia em breve. Francisco confessou que o exemplo de fortaleza de Cristina “me fez muito bem”.

Confira a troca de cartas entre eles:

Querido Papa Francisco:

Meu nome é Cristiana Sesé de Lucio, tenho 17 anos e lhe escrevo de Madri (Espanha). (...)

Minha vida era como a de qualquer menina da minha idade, até o último mês de abril, quando, no dia 4, fui diagnosticada com sarcoma de Ewing, ou seja, câncer nos ossos. Ele estava localizado na região central do fêmur direito. Depois dos primeiros momentos de preocupação, minha família e eu decidimos nos colocar nas mãos de Deus e dos médicos.

Para retirar o osso com tumor, me operaram no dia 8 de agosto, substituindo-o por uma prótese. Atualmente, caminho com muletas e estou muito melhor. Tenho forças para seguir adiante. Voltarão a me operar para tirar a prótese e fazer um enxerto de osso, para que eu volve a ter certa normalidade.

O começo não foi fácil, mas sempre recebi o apoio de Jesus, que sinto muito presente na minha vida. Fizeram uma corrente de oração por mim e pela minha família, e isso também nos reconfortou sempre.
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Este câncer me limitou fisicamente, razão pela qual agora preciso de ajuda constante; mas não parei de rezar, de estudar ou de levar uma vida normal, sobretudo graças ao esforço de toda a minha família tão cristã.

Também foi fundamental, neste meses, meu grupo cristão, que me ajudou a confiar ainda mais no Senhor, e repito muitas vezes ao dia: “Quando Deus quiser, como Deus quiser, onde Deus quiser”.

Ele permite a doença e, portanto, a minha, mas também dá a cura e, apesar de tudo, não posso deixar de me sentir privilegiada. Ofereço a minha doença ao Senhor e coloco o meu sofrimento diante da cruz.

Sinto Deus em mim e seu que Ele me busca em cada esforço que preciso fazer cada dia. Em cada gesto da minha família, das minhas amigas, dos meus professores, o Senhor me sustenta para não cair e para que, algum dia, possa dizer que tudo me serviu para ser mais forte e ser testemunho, para anunciar Jesus aos outros.

No futuro, eu gostaria de poder ser de ajuda para as pessoas que passam por situações parecidas com a minha.

No próximo dia 30 de novembro, receberei o sacramento da Confirmação, junto a outras 18 pessoas da minha idade. Peço ao Senhor, com todas as minhas forças, ainda que esteja fraca devido à minha doença, que o Espírito Santo me ilumine, para ser testemunha da fé e refletir Jesus ao longo da minha vida.

Com humildade lhe peço, Santidade, sua bênção para este grupo de jovens cristãos entusiasmados diante desse passo tão importante rumo a Deus. Muito obrigada pela sua vida, Papa Francisco. Como o senhor nos ensinou, eu rezo pelo senhor – e, por favor, reze por mim também.

Cristina.

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Vaticano, 3 de dezembro de 2013.

Cara Cristina:

Foi uma alegria muito grande receber sua carta do último dia 20 de novembro. Que o Senhor lhe retribua esta delicadeza. Fez-me muito bem perceber a fortaleza com que você está enfrentando este período da sua vida, certamente especial: são momentos difíceis.

Por favor, não desanime! A doença, se a olharmos com espírito de fé, é uma escola. Nela, aprendemos a conhecer profundamente o coração de Deus, que transborda de ternura. Aprendemos a conhecer os outros, pois, quando o vento sopra a favor, tudo fala de sorrisos e felicitações. Mas é em meio à dor que descobrimos onde estão os autênticos amigos e as pessoas que nos amam de verdade.

Finalmente, ainda que não menos importante, na doença aprendemos a conhecer-nos melhor e percebemos que o Senhor não nos abandona, e sim nos dá uma série de recursos interiores para enfrentar a adversidade, que inclusive nós mesmos chegamos a nos maravilharmos.

Se a tudo isso, como você me conta na carta, acrescentamos que há poucos dias você recebeu a luz do Espírito Santo no sacramento da Confirmação, melhor ainda! Que este dom de Deus a ajude a ser uma cristã melhor e uma mulher cada dia mais corajosa, que olhe para a vida sem complexos. Você bem sabe que Deus nunca vai lhe falhar.

Eu lhe garanto que você pode contar com a minha proximidade e minha oração. Vou orar por você, pedirei ao Senhor que continue lhe ajudando e que aumente este entusiasmo e esta confiança que sua carta demonstra. Você, por outro lado, não se esqueça de rezar por mim: sozinha, mas também com a sua família e – por que não? – com os amigos que você conheceu na paróquia de Sant’Ana e no colégio Sagrada Família. Não deixem que lhes roubem a alegria!

Mande uma saudação minha aos médicos que cuidam de você. Tenho certeza de que eles darão o melhor de si o seu tratamento. Uma saudação também aos seus pais, María Jesús e Ernesto, às suas irmãs, Begoña e Irene, aos seus professores e ao seu pároco, o Pe. Ángel.

Neste Natal que se aproxima, eu lhe desejo que sejam dias repletos da graça e da alegria de Deus, e que você os viva muito unida a São José e a Nossa Senhora. Prepare-se para receber Jesus com o mesmo amor com que eles o receberam.

Que Jesus a abençoe e Nossa Senhora cuide de você. E, por favor, reze por mim.

Com carinho,
Francisco
Fonte: http://www.aleteia.org/pt/



21 de set. de 2013

O Papa Francisco explica como é a sua vida de oração


"O Santo Padre contou que prefere a Adoração ao Santíssimo...."


O Papa Francisco compartilhou numa recente entrevista como é a sua vida de oração cotidiana. Além da Missa e do Rosário diários, o Santo Padre contou que prefere a Adoração ao Santíssimo pelas tardes e explicou que para ele a oração é sempre "memoriosa".
Assim o indicou o Santo Padre na entrevista concedida ao sacerdote jesuíta italiano, Padre Antonio Spadaro, diretor da revista La Civiltá Cattolica, uma publicação que é revisada pela Secretaria de Estado do Vaticano.
O Papa contou que "rezo o Ofício (as orações próprias do clero em toda a Igreja para cada dia) todas as manhãs. Eu gosto de rezar com os Salmos. Depois, a seguir, celebro a Missa. Rezo o Rosário".
"O que verdadeiramente prefiro é a Adoração vespertina, mesmo quando me distraio e penso em outra coisa ou mesmo quando adormeço rezando. Assim, à tarde, entre as sete e as oito, estou diante do Santíssimo durante uma hora, em adoração. Mas também rezo mentalmente quando espero no dentista ou noutros momentos do dia".
O Santo Padre assinala logo que "a oração é para mim sempre uma oração ‘memoriosa’, cheia de memória, de recordações, também memória da minha história ou daquilo que o Senhor fez na sua Igreja ou numa paróquia particular".
"Para mim é a memória de que Santo Inácio fala na Primeira Semana dos Exercícios, no encontro misericordioso com Cristo Crucificado. E pergunto-me: ‘Que fiz por Cristo? Que faço por Cristo? Que farei por Cristo?’".
"É a memória de que fala Inácio também na Contemplação para alcançar o amor, quando nos pede para trazer à memória os benefícios recebidos".
O Pontífice ressalta que "sobretudo, eu sei também que o Senhor tem memória de mim. Eu posso esquecer-me d´Ele, mas eu sei que Ele jamais se esquece de mim".
A memória, conclui o Papa Francisco, "funda radicalmente o coração de um jesuíta: é a memória da graça, a memória de que se fala no Deuteronômio, a memória das obras de Deus que estão na base da aliança entre Deus e o seu povo. É esta memória que me faz filho e me faz ser também pai".




19 de ago. de 2013

Jesus e a Igreja

"O grande Paulo VI dizia: é uma dicotomia absurda querer viver com Jesus sem a Igreja, seguir Jesus fora da Igreja, amar Jesus sem a Igreja (cf. Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 16).
 E a mesma Igreja Mãe, que nos dá Jesus, dá-nos a identidade, que não é somente um selo: é uma pertença. Identidade significa pertença: a pertença à Igreja. Coisa estupenda!"

(Papa Francisco)

30 de jul. de 2013

ENTREVISTA EXCLUSIVA DO PAPA FRANCISCO AO FANTÁSTICO - COMPLETO - 28/07/2013 HD


Fantástico exibe entrevista exclusiva com Papa Francisco
Pontífice conversou sobre temas difíceis com o repórter Gerson Camarotti.
O Fantástico deste domingo (28) exibe entrevista exclusiva com o Papa Francisco, a primeira a um jornalista desde sua eleição. Na sua visita ao Brasil, o sumo pontífice encontrou tempo na agenda para receber o repórter Gerson Camarotti, da GloboNews, para uma conversa franca.
Na entrevista, o papa abordou assuntos difíceis, como os escândalos no Vaticano e os desafios da Igreja Católica para atrair fiéis. Comentou também a acolhida que teve no Brasil, durante a Jornada Mundial da Juventude, e deu lições de humildade, solidariedade e humanidade.
Francisco também explicou a atitude que toma em relação a sua segurança.

"Eu não sinto medo. Sei que ninguém morre de véspera. Quando acontecer, o que Deus permitir, será. Eu não poderia vir ver este povo, que tem um coração tão grande, detrás de uma caixa de vidro. As duas seguranças (do Vaticano e do Brasil) trabalharam muito bem. Mas ambas sabem que sou um indisciplinado nesse aspecto."