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16 de set. de 2020

Arcebispo reforça: Membro do clero que se candidatar a cargo político será suspenso

Dom Severino Clasen fala sobre a participação de padres na política

Maringá, 02 set. 20 / 11:41 am (ACI).- O Arcebispo de Maringá (PR), Dom Severino Clasen, publicou uma nota por meio da qual recordou a proibição de membros do clero se candidatarem a cargo político e reforçou que aqueles que o fizerem terão suspenso o “exercício das sagradas ordens”.

O Prelado, que foi nomeado pelo Papa Francisco para a Arquidiocese de Maringá em 1º de julho e tomou posse no último dia 15 de agosto, recordou em sua nota “o que dispõe a Tradição e ordena o Magistério da Santa Igreja a respeito da identidade sacerdotal, consignada nas sábias e precisas Normas do Código de Direito Canônico”, bem como “a Declaração dos Bispos do Regional Sul 2 em data de 16 de março de 2016” a respeito da candidatura de padres e diáconos permanentes.

Nesse sentido, citando o Documento de Puebla (526), afirma que “os pastores, uma vez que devem preocupar-se com a unidade, despojar-se-ão de toda ideologia partidária que possa condicionar seus critérios e atitudes”.

Além disso, segundo o Código de Direito Canônico, “os clérigos se abstenham completamente de tudo o que não convém ao seu estado, de acordo com as prescrições do direito particular...; são proibidos de assumir cargos políticos que impliquem participação no exercício do poder civil (cân. 285 §1 e 3)”.

Por isso, Dom Clasen reforça em sua nota que os ministros ordenados estão proibidos de: “Filiar-se a partidos políticos (cân 287 §2); Pré-Candidatar, Candidatar e Disputar a cargos eletivos (cân 285 §3); Participar de atividades político-partidárias ou cargos públicos remunerados; Usar ou disponibilizar qualquer espaço físico da paróquia para apoiar candidatos ou partidos políticos; Usar ou disponibilizar dos meios de comunicação da paróquia para apoiar candidatos ou partidos políticos”.

“Suspenderei do exercício das sagradas ordens aquele, que por decisão própria, contrariar essa proibição. A suspensão compreende o total afastamento do ministério sacerdotal ou diaconal e o retorno à vida pastoral após o mandato e/ou a desobediência não será automático”, conclui.

No dia 25 de agosto, ao final da Missa do Crisma, na Catedral de Maringá, Dom Severino Clasen exortou a que “nenhum padre tome partido político” e advertiu que a Igreja não é “palco” para política.

“Quem acha que tem que ser candidato, que seja honesto, não utilize a Igreja. A Igreja não é placo para campanha política. Se alguém usar a Igreja como palco, eu faço propaganda contra, porque já não está sendo honesto e também não vai administrar honestamente”, afirmou.

O Arcebispo ainda indicou que “é importante a gente ter isso bem claro, nós servimos ao Senhor. É claro, toda injustiça deve ser denunciada. Nós estamos a serviço da misericórdia do Pai. Então, sejamos prudentes, firmes, profetas, sacerdotes, para fazer com que o Cristo reine pela nossa missão”.


Comentário do Blog:

"Será um arranhão na Igreja, uma cicatriz que não pode fazer parte da Fé Cristã."
Concordo com Dom Severino, afinal das contas o padre é um pastor, e os pastores tem como missão a união de seu rebanho que é um desejo e ordem de Cristo Nosso Senhor.

E quando entram numa disputa politica partidária obviamente haverá um racha entre os fiéis o que é natural durante as eleições.
Não faz sentido que um religioso participe disso, a não ser que não seja verdadeiramente um religioso.

A politica pode ser praticada fora do sistema partidário, o seja a política do amor, de servir, orientar e evangelizar os mandamentos do Senhor. Olhamos para Nossa Santa Dulce, Santa Madre de Calcutá, São Francisco de Assis, o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, todos eles praticaram politica porque lutavam pelo povo e estavam junto com os mais necessitados, sem a necessidade de se colocar em disputa ideológica.

O Senhor Jesus não disse "Eu vim para servir e não ser servido (Mateus 20,28)". E um Sacerdote da Igreja é a personificação de Cristo, portando não pode ser um político, se pretende amar as coisas do mundo que abandone a batina, que abandone seus juramentos no ato da sua santa ordenação.
Será um arranhão na Igreja, uma cicatriz que não pode fazer parte da Fé Cristã.Uma contribuição para desestabilizar a UNIDADE DOS CRISTÃOS.

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