(Α Ω) ANUNCIAR O EVANGELHO : "Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura MC 16,15"--O conteúdo dessa página pode ser reproduzido desde que informado a fonte e o autor.

25 de mar. de 2014

SAMARITANA: Chamados para amar a Deus


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo João
(Jo 4, 5-15.19b-26.39a.40-42)

O Evangelho deste domingo oferece-nos a passagem da samaritana. São João relata que, “cansado da viagem, Jesus sentou-se junto ao poço [de Jacó]”, “por volta de meio-dia” e “chegou uma mulher de Samaria para tirar água”. Essa imagem evoca outros trechos do Antigo Testamento: como o ponto de encontro de Isaac e sua mulher, Rebeca [1]; de Jacó e sua esposa, Raquel [2]; e de Moisés e Sefra, filha de Raguel [3]. O poço está intimamente ligado ao amor esponsal, entre o homem e a mulher.

Lendo a passagem da samaritana a partir de um sentido místico, é possível ler Jesus que pede “Dá-me de beber” como um Esposo que sente sede das almas que desposa. Logo depois, porém, Ele revela que é Ele mesmo quem nos quer dar de beber: “Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: ‘Dá-me de beber’, tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva”. A samaritana, não compreendendo o significado profundo das palavras de Jesus, dá-lhe ocasião de explicar que o poço de água viva de que fala não é o poço de Jacó, mas Ele mesmo: “Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo. Mas quem beber da água que eu lhe darei, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna”. Essa “fonte de água” na alma dos que creem no Cristo é, como explica Jesus mais adiante [4], o dom do Espírito Santo.

Neste Evangelho, existe também um paralelo muito próximo com o que acontece na Cruz. Assim como Jesus se senta próximo ao poço, pedindo de beber, pendurado no madeiro da cruz, Ele diz: “Tenho sede” [5]. E assim como, depois, Ele revela ser a fonte de que brota água viva, na Cruz, de seu lado aberto, jorram sangue e água [6]. Nessas passagens, Jesus mostra ser a rocha da verdadeira água; a de Meriba, lembrada na primeira leitura de hoje [7], era apenas uma prefiguração. Mostra também ser a fonte maravilhosa que jorra do templo, profetizada por Ezequiel [8].

Aplicando tudo isso à nossa vida, somos chamados a amar a Deus. Ele tem sede do nosso amor: seja à beira do poço, onde acontece o matrimônio místico entre Cristo e a alma esposa, seja no madeiro da Cruz, onde Ele manifesta seu amor infinito por nós e nos pede que O amemos de volta. Deus tem sede de nós, rebaixa-se de modo a necessitar-Se do nosso amor. Fá-lo porque, em Seu amor, é Ele mesmo quem quer Se dar a nós: “Se tu conhecesses o dom de Deus (...), tu mesma lhe pedirias (...) e ele te daria água viva”.

Mas, como corresponder a esse grande amor divino? Precisamos entender que só Deus pode dar-nos a virtude de amá-Lo com verdadeira caridade. Por isso, é importante que Lhe peçamos essa graça, assim como o fez a samaritana: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la”.

Do mesmo modo que atendeu ao pedido daquela mulher – tanto que, de seu primeiro amor interesseiro, ela passa a reconhecer Jesus como o próprio Messias, abandonando o seu cântaro à beira do poço para anunciá-Lo [9] –, Ele atenderá o nosso pedido, fazendo-nos evoluir do amor dos principiantes – que começa com a luta sincera contra o pecado mortal, contra o “cavar cisternas fendidas” denunciado pelo profeta Jeremias [10] –, passar pelo amor dos mais adiantados – no combate ao pecado venial e às doenças espirituais, na busca de estar mais a sós com Deus e no amor ao próximo – até chegar, finalmente, ao amor dos perfeitos – no qual, como canta São João da Cruz, “sólo en amar es mi ejercicio”.

Por fim, bebendo de Cristo, brotarão de nós mesmos “rios de água viva”, pois Ele mesmo nos configurará a Si.

Deus quer o nosso amor. Amemo-Lo. O amor é o distintivo do cristão. Como fez a samaritana, tenhamos a coragem de abandonar os falsos ídolos e saciar a nossa sede na verdadeira fonte de água viva: Jesus.

REFERÊNCIAS:

01-Cf. Gn 24, 11-14
02-Cf. Gn 29, 1-30
03-Cf. Ex 2, 15b-22
04-Cf. João 7, 37-39
05-      João 19, 28
06-Cf. João 19, 34
07-Cf. Ex 17, 3-7
08-Cf. Ezequiel 47, 1
09-Cf. João 4, 28
10-Cf. Jeremias 2, 13

10 de mar. de 2014

Leitura breve Romanos 12:1-2


Pela misericórdia de Deus, eu vos exorto, irmãos, a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: Este é o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e de julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.

Fonte: Face Padre José Eduardo Vitoreti (Ubarana-SP)




8 de mar. de 2014

Nota de esclarecimento sobre a Igreja Carismática





Dom Alberto Taveira, Arcebispo Metropolitano de Belém, faz um pronunciamento para esclarecer as diferenças entre a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Carismática.

Fundação Nazaré de Comunicação


5 de mar. de 2014

EXEMPLO DA HUMILDADE DE CRISTO-felipenses 2,1-11



1. Se me é possível, pois, alguma consolação em Cristo, algum caridoso estímulo, alguma comunhão no Espírito, alguma ternura e compaixão, 2. completai a minha alegria, permanecendo unidos. Tende um mesmo amor, uma só alma e os mesmos pensamentos.
3. Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos.
4. Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros.
5. Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus.
6. Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, 7. mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens.
8. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.
9. Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, 10. para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos.
11. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor.

2 de mar. de 2014

Por que só os católicos fazem o sinal da cruz?


Lembro-me de uma das primeiras perguntas de um antigo catecismo para crianças: "Qual é o sinal do cristão? O sinal do cristão é a cruz".

Todas as instituições, hoje especialmente, têm um logotipo que representa sua imagem corporativa. Eu acho que os primeiros cristãos deveriam receber um prêmio como publicitários, por terem criado a cruz como logotipo de identidade corporativa da Igreja: é difícil encontrar uma imagem mais simples e mais "compreensiva", em intensidade e extensão, da visão, missão e valores da Igreja, do que a cruz.
Na simples cruz, estão condensados o passado, o presente e o futuro da instituição divina da Igreja, em favor dos homens. Ao mesmo tempo, a cruz representa a caminhada diária do cristão: "Quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz de cada dia e me siga" (cf. Lc 23).
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Quando o cristão faz o sinal da cruz, ele não está praticando a magia, nem um exorcismo, como pensam alguns protestantes, mas está expressando, com um gesto simples, todo o ideal da sua vida, indicando que quer carregar a cruz de Cristo nesse dia, em sua cabeça, em seus lábios e em seu coração, com toda a sua alma e sua mente e, além disso, realizando um ato de fé na Trindade, pronunciando "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".
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Por tudo isso, muitas igrejas e lugares cristãos são presididos e coroados com a imagem da cruz ou de Cristo crucificado, querendo representar o momento culminante da história no qual a humanidade foi resgatada por Jesus para Deus Pai.
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Por tudo isso, ainda não entendo por que muitos protestantes consideram que fazer o sinal da cruz é uma blasfêmia...

FONTE: http://www.aleteia.org/pt