02/08/2012
Neste mês de agosto, a mãe Igreja dedica-o às vocações. Na primeira semana contemplamos a vocação para o ministério ordenado: diáconos, padres e bispos. A proximidade das festas de São João Maria Vianney, e de S. Lourenço, Diácono e Mártir, marcam essa orientação. Mas gostaria de me ater hoje à vocação à vida sacerdotal, que tem aumentado em nosso país. A figura e o exemplo do Cura d’Ars abre esse mês vocacional.
Em 2009-2010 foi celebrado o Ano Sacerdotal em função do 150º aniversário da morte do Cura D’Ars. O Santo Padre Bento XVI apresenta-o como um modelo para os sacerdotes de hoje.
Como tem de ser um padre, hoje, na cena deste mundo em grande transformação? O Presbítero é o homem da Palavra de Deus, o homem do sacramento, o homem do “mistério da fé”.
Os padres, como nos ensina o Concílio, “têm o dever primário de proclamar o evangelho de Jesus a todos os homens” (Presbyterorum ordinis, 4). Mas, nesta proclamação, está o dever também de levar cada homem e cada mulher desse mundo a um encontro pessoal com Cristo.
Hoje, mais do que antes, devemos proporcionar possiblidades para que cada pessoa possa fazer esta experiência do encontro com Deus, e o devemos fazer com uma renovada esperança, mesmo nas adversidades de um mundo extremamente secularizado, hedonista, materialista, ateísta e indiferente.
As pessoas devem perceber no sacerdote um algo maravilhoso, ao qual ele está a serviço. O que chamamos na teologia de configuração com Cristo.
Nesta dimensão, encerra-se a sua vital presença na celebração eucarística, ápice da vida espiritual da Igreja, em que o sacerdote age na pessoa de Cristo.
Em suma, o sacerdote deve ser um homem que está em contato permanente com Deus, e que nos leva a fazer a mesma experiência de santidade.
A mais sublime missão do sacerdote hoje é, sem dúvida, ser um Cristo agora. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre”.
O grande salto qualitativo na vida de qualquer padre seria uma autêntica renovação, que é possível e necessária, e, também uma grande afeição a uma plena e radical fidelidade à Palavra de Deus e à tradição da Igreja, aos quais ele serve no seu ministério.
O sacerdote é chamado a ser um místico, e que, ao mesmo tempo, se interessa pelas coisas do mundo, pela vida do homem nas suas angústias e alegrias, para que elas se tornem algo sagrado e agradável ao Senhor.
O sacerdote deve trazer as pessoas em singular atitude de viva expressão da fé, ao essencial e ao decisivo de uma autêntica caminhada de espiritualidade cristã. Discurso este que se torna complicado num mundo do descartável e do superficial.
Espero e peço a Deus que possamos, assim como o Santo Padre Bento XVI, na oração para o Ano Sacerdotal, repetir junto com todos os nossos padres, e com o mesmo fervor do Santo Cura D’Ars, as palavras que ele costumava rezar: “Eu te amo, Senhor, e meu único desejo é amá-Lo até o último suspiro da minha vida”.
† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Neste mês de agosto, a mãe Igreja dedica-o às vocações. Na primeira semana contemplamos a vocação para o ministério ordenado: diáconos, padres e bispos. A proximidade das festas de São João Maria Vianney, e de S. Lourenço, Diácono e Mártir, marcam essa orientação. Mas gostaria de me ater hoje à vocação à vida sacerdotal, que tem aumentado em nosso país. A figura e o exemplo do Cura d’Ars abre esse mês vocacional.
Em 2009-2010 foi celebrado o Ano Sacerdotal em função do 150º aniversário da morte do Cura D’Ars. O Santo Padre Bento XVI apresenta-o como um modelo para os sacerdotes de hoje.
Como tem de ser um padre, hoje, na cena deste mundo em grande transformação? O Presbítero é o homem da Palavra de Deus, o homem do sacramento, o homem do “mistério da fé”.
Os padres, como nos ensina o Concílio, “têm o dever primário de proclamar o evangelho de Jesus a todos os homens” (Presbyterorum ordinis, 4). Mas, nesta proclamação, está o dever também de levar cada homem e cada mulher desse mundo a um encontro pessoal com Cristo.
Hoje, mais do que antes, devemos proporcionar possiblidades para que cada pessoa possa fazer esta experiência do encontro com Deus, e o devemos fazer com uma renovada esperança, mesmo nas adversidades de um mundo extremamente secularizado, hedonista, materialista, ateísta e indiferente.
As pessoas devem perceber no sacerdote um algo maravilhoso, ao qual ele está a serviço. O que chamamos na teologia de configuração com Cristo.
Nesta dimensão, encerra-se a sua vital presença na celebração eucarística, ápice da vida espiritual da Igreja, em que o sacerdote age na pessoa de Cristo.
Em suma, o sacerdote deve ser um homem que está em contato permanente com Deus, e que nos leva a fazer a mesma experiência de santidade.
A mais sublime missão do sacerdote hoje é, sem dúvida, ser um Cristo agora. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre”.
O grande salto qualitativo na vida de qualquer padre seria uma autêntica renovação, que é possível e necessária, e, também uma grande afeição a uma plena e radical fidelidade à Palavra de Deus e à tradição da Igreja, aos quais ele serve no seu ministério.
O sacerdote é chamado a ser um místico, e que, ao mesmo tempo, se interessa pelas coisas do mundo, pela vida do homem nas suas angústias e alegrias, para que elas se tornem algo sagrado e agradável ao Senhor.
O sacerdote deve trazer as pessoas em singular atitude de viva expressão da fé, ao essencial e ao decisivo de uma autêntica caminhada de espiritualidade cristã. Discurso este que se torna complicado num mundo do descartável e do superficial.
Espero e peço a Deus que possamos, assim como o Santo Padre Bento XVI, na oração para o Ano Sacerdotal, repetir junto com todos os nossos padres, e com o mesmo fervor do Santo Cura D’Ars, as palavras que ele costumava rezar: “Eu te amo, Senhor, e meu único desejo é amá-Lo até o último suspiro da minha vida”.
† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
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