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28 de ago. de 2011

A radicalidade da conversão.-Por Rivaldo R. Ribeiro


Num dos momentos que encontrei com *Monsenhor Ângelo Angioni, eu estava tomado de profunda angustia e duvidas. Ao explanar os meus problemas a ele, ele se levantou calmamente e buscou nos fundos do seu quarto um pequeno livro que me deu de presente: Imitação de Cristo.

Imitação de Cristo? Eu acreditava que era convertido como cristão, mas estava longe dessa realidade.

A cegueira espiritual se desfaz quando realmente somos convertidos, passamos a olhar o mundo diferente: de um modo critico amoroso e altruísta, a luz divina ilumina pontos que antes passavam despercebidos. “Quem me segue não anda em trevas”, diz o Senhor.

Dessa forma meus irmãos a verdadeira conversão nos levam a uma radicalidade proveniente de um amor divino que é incondicional, porque se origina da Palavra de Deus: a Bíblia que é a verdade sobre tudo, não que o convertido seja um radical intransigente ou violento, e sim porque ele nunca fugirá da verdade que ele conheceu através do Espírito de Deus no ato da sua conversão.

“Ora, nós não recebemos o espírito do mundo, mas sim o Espírito que vem de Deus, que nos dá a conhecer as graças que Deus nos prodigalizou e que pregamos numa linguagem que nos foi ensinada não pela sabedoria humana, mas pelo Espírito, que exprime as coisas espirituais em termos espirituais.

Mas o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são loucuras. Nem as pode compreender, porque é pelo Espírito que se devem ponderar.

O homem espiritual, ao contrário, julga todas as coisas e não é julgado por ninguém. Por que quem conheceu o pensamento do Senhor, se abalançará a instruí-lo (Is 40,13)? Nós, porém, temos o pensamento de Cristo.” (I Cor. 2,12-16).

Infelizmente ainda existem católicos dispersos dos mandamentos de Deus, acreditam que o mundo mudou, tomam muitas decisões e concordam com atos polêmicos contra a sua própria fé que acreditam professar. São “umas marias vão com as outras”, como se diz, acompanham a opinião das mídias que sempre se autodenominam avançadas no tempo e inteligentes, mas longe da sabedoria de Deus que sempre leva as infinitas reflexões dos “sábios” deste mundo.

Como disse Jesus: “Este povo me honra com os lábios, seu coração, porem está longe de mim” (Mt. 15,8), o que poderia ser isso? São cristãos, mas seus atos frequentemente não correspondem à doutrina cristã, freqüentam as Missas, mas a surdez impera, oram e rezam da boca para fora muitas vezes sem refletir sobre os textos doutrinários também contidos nas orações, será que Deus ouvirá nossos pedidos dessa forma vazia?

Ultimamente diante de tantos fatos pecaminosos ocorridos, alguns pecados hediondos até diante da justiça dos homens, a mídia enche nossos ouvidos cogitando sobre mudanças na doutrina do Senhor para justificar tais atos horrendos, abandonando a Palavra de Deus a classificando como ultrapassada. Seria transformar a verdade em mentira. Meus irmãos nesse ponto a minha conversão se radicaliza: Porque “Jesus Cristo é sempre o mesmo:ontem, hoje e por toda a eternidade.”Hb13, 8.

Falar nas mudanças dos tempos por causa dos pecados do homem e fatos científicos que sempre dependem de novas e infinitas pesquisas que sempre volta a um único princípio: A vida. É uma grande contradição diante de Deus que é o dono da vida, de tudo que nos rodeia e que já deixou tudo pronto, porem o homem jamais chegará perto desses mistérios que apenas Deus conhece...

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*Monsenhor Ângelo Angioni, faleceu em 15 de setembro de 2008 (5h30), era italiano da Sardenha-Itália, onde nasceu aos 14 de janeiro de 1915. Foi ordenado Sacerdote aos 31 de julho de 1938. Vindo para o Brasil em 1951, trabalhou como Pároco da Paróquia de São João Batista em José Bonifácio-SP.



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