A Páscoa é a maior festa dos cristãos. Não é celebração da morte, de derrota, de sumiço da vida, mas é a vida que vence a morte. Para isto nos preparamos durante uma caminhada de quarenta dias, refletindo, dentro dos textos bíblicos, sobre o sentido e o valor da vida. Agora é festa da ressurreição, da alegria e expressão máxima de todas as nossas festas.
No domingo logo após a morte de Jesus, alguns discípulos foram ao túmulo para chorar o seu falecimento, mas o seu corpo não foi encontrado ali. O sepulcro estava vazio e julgaram ter sido roubado. Uma dúvida ficou claramente no ar: os panos que enrolavam o seu corpo estavam como se o corpo tivesse saído de dentro deles.
A partir daí, Jesus ressuscitado começou a aparecer para os seus discípulos, confirmando para eles a autenticidade do sepulcro vazio. Apareceu, numa situação muito especial, aos discípulos de Emaús, quando eles caminhavam saindo de Jerusalém. Manifestou-se também aos outros em diversas ocasiões, amadurecendo neles a consciência de uma certeza na vida.
Hoje a ressurreição é o fundamento da nossa fé. É a força do amor sendo muito maior do que a violência do ódio e da norte. A própria Palavra de Deus já previa que “Jesus devia ressuscitar dos mortos” (Jo 20,9). Somos chamados a testemunhar esta realidade para o mundo que não consegue compreender a grandeza adquirida para a pessoa humana e para o mundo.
A Páscoa de Jesus tem muito a ver com todos nós. A raiz de tudo é o batismo que nos faz mergulhar na morte de Jesus e ressuscitar com plenamente com Ele. A Páscoa de Jesus é também a nossa Páscoa. A sua vitória é nossa vitória. Isto nos faz buscar as coisas do alto, aquilo que nos aproxima da vida e de Deus.
Resta-nos agora ficar alegres, felizes e exultar. Somos vencedores, tendo a Eucaristia como memória viva dos fatos da ressurreição, que nos dá novo ânimo e força para a ação no mundo concreto.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Diocese São José do Rio Prêto-SP
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